O tempo no Ceará foi um presente de Deus para mim. Foi um momento de renovar as forças, de ouvir de forma mais clara o Senhor, de ser desafiado e de renovar votos feitos anteriormente. Dessa viagem tirei lições importantes. No entanto, como fala a Bíblia, há tempo para tudo debaixo do sol. O tempo do Ceará está passando, pelo menos por enquanto. E agora tenho que viver o amor de Deus aqui, no Rio de Janeiro, na Tijuca.

Este será meu último post sobre a Trans – Rogério e Rê foram convidados a dar as suas contribuições, vamos ver. Para encerrar a série de mensagens sobre a Trans quero compartilhar algo que o Senhor falou ao meu coração durante a viagem.

Começo com um conto da autora Carmen Corde, história que encontrei no livro Rumores de Outro Mundo de Philip Yancey - esse livro é um absurdo de bom. O autor diz o seguinte:

Um conto da escritora espanhola Carmen Corde fala de uma jovem que dá à luz um filho cego. "Não quero que meu filho saiba que é cego!", disse ela à sua família e aos vizinhos, proibindo todos de usar palavras reveladoras como "luz", "cor" e "visão". O garoto cresce alheio à sua deficiência, até o dia em que uma garota pula a cerca do jardim e estraga tudo, usando todas as palavras proibidas. Seu mundo se espatifa em face dessa impensável nova realidade.

Jesus afirma em João 10.10 que ele veio para dar vida abundante a todos. Mas ao olhar em volta não vejo muitas pessoas tendo uma vida como a oferecida pelo Senhor. Vejo sim, muitos sem alegria, sem perspectiva e sem esperança diante das dificuldades, pois ainda não experimentam o amor transformador de Jesus.

No Ceará esta falta de perspectiva era algo gritante. Nos primeiros dias lá, ao andar pelas ruas me chamou atenção o fato de haver muitas crianças nas ruas. Pensei por um momento que aquilo era algo normal, pois aquela era uma cidade do interior. Entretanto, com o passar do tempo, percebi que a rua era o melhor lugar para se estar para muitos daqueles pequeninos. Eles eram indesejados. Eram frutos não do amor, mas de um momento de prazer.

Ao ler o conto de Corde me lembrei das crianças do Ceará e também das inúmeras pessoas da minha cidade que não contam com uma esperança maior, pois ainda não conhecem à Cristo.

E como nós, os cristãos, temos nos portado. Por muitas vezes agimos como a mãe do menino cego. Sabemos de algo que pode revolucionar a vida das pessoas, mas escondemos essa dádiva. Entretanto, o Senhor deseja que sejamos como a menina que fala da luz que não pode ser vista pelos cegos.

Devemos levar as boas novas a toda criatura.

Mas essa mensagem não é proclamada apenas por palavras, mas também por ação. Como fala a Palavra é no amor ao próximo que demonstramos nosso amor a Deus. João 13.34-35. E é por meio desse amor que as pessoas podem experimentar a vida em abundância.

Você deve estar pensando. “Ai que saco mais um cara que fala sobre ideais inatingíveis. Assim não dá”. Mas posso te falar algo. O Senhor realmente deseja que cada um de nós viva de forma abundante.

Entretanto, ele precisa de pessoas que queiram se colocar nas suas mãos como instrumentos. Posso compartilhar algo contigo no Ceará tive uma grande responsabilidade. Dirigi por 20 dias uma equipe de seis pessoas, as quais não conhecia, em uma localidade totalmente desconhecida para todos. E felizmente posso dizer para você que o Senhor me sustentou em cada momento ali. Assim como ele fez com Josué – Josué 1.5-9 - o Senhor quer fazer contigo. Ele te dá uma responsabilidade, mas também te dá a capacidade de cumpri-la.

Coloque-se nas mãos do Senhor e cumpra a Sua vontade. Sei que amar é difícil pacas, mas é uma dádiva do céu que temos que aprender a cumprir mais e mais. Essa é a palavra...