Tesouros em vasos de barro


Ontem Deus me lembrou de uma verdade que minha vaidade e arrogância por vezes insistem em me fazer esquecer: sou um vaso de barro. Esta expressão, na verdade usada pelo apóstolo Paulo no texto 2 Coríntios 4.5-7, evidencia a nossa natureza corruptível e limitada. Entretanto, Paulo também afirma que estes vasos carregam um grande tesouro.

Por sermos crias de uma sociedade na qual o fim desejável é o sucesso e o aplauso, a vaidade se tornou um dos maiores males de nosso tempo. É por demais comum pensar que temos sempre a verdade, que não devemos ser questionados e que somos o tesouro. Entretanto, esta é uma grande mentira que nos impede de termos inúmeros encontros com Deus por intermédio da instrumentalidade de nossos irmãos em Cristo.

Esta percepção me faz olhar não para o tesouro que outros carregam e querem compartilhar comigo, mas sim para o vaso, com ranhuras e rachaduras, que eles são. Hoje estamos sempre prontos a avaliar a performance de pregadores, músicos e irmãos e nos esquecemos de que o valor não está no que estas pessoas são, ou aparentam ser, mas sim no tesouro que carregam.

Falo isto porque ontem, na casa de um amigo, o amor de Deus me constrangeu através da arte de um grupo musical muito talentoso e sincero, mas que, acima de tudo, falava das coisas do alto, do que é eterno, do que dá sentido a minha caminhada, falava do Cristo vivo.

O meu desejo é que possamos cultivar ainda mais a humildade e a doçura para que possamos nos deixar ser abençoados uns pelos outros na igreja, na família, no trabalho, enfim, onde estivermos.

Termino com uma frase de um grande amigo, que até hoje reverbera em meu coração: “Não se esqueça nunca, antes de ser pastor você é ovelha”.

Deus te abençoe.

P.S. O grupo em questão é o Palavrantiga.

1 Comment:

  1. Ruben Marcelino said...
    Palavras reconfortantes, pois vêm de um grande amigo!

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