O Papa Bento XVI lançou um apelo no mínimo inquietador em celebração realizada no início de 2007 na Basílica de São Pedro, no Vaticano: “Que os representantes das grandes tradições religiosas se confrontem com a luz de Cristo”. Em um tempo no qual muitos líderes evangélicos se notabilizam mais pelos escândalos que protagonizam do que por uma vida de temor a Deus este alerta é muito bem vindo.

Mesmo inconscientemente, Joseph Ratzinger apontou para um ponto fundamental do Cristianismo, de que não é possível realizar de forma plena a vontade de Deus sem que se volte para a mensagem da cruz, que é de sacrifício, abnegação, obediência e amor.

No entanto, infelizmente, o “Evangelho” que se vê atualmente é o da prosperidade, da barganha por “bênçãos” e do interesse próprio. Com isto, o Cristianismo transformador, tão necessário em um mundo tão injusto e desigual, tem se tornado por demais escasso.

Cabe à Igreja orar por líderes que se voltem diretamente para a Cruz de Cristo e para sua mensagem: homens e mulheres que possam suportar as pressões da era presente para a obra do alto realizar.