Natural e sobrenatual de Deus???

Em tempos em que a presença sobrenatural de Deus é noticiada, à torto e à direita, aqui e ali - isso me lembra o final dos tempos - um comentário de Philip Yancey no livro "Rumores de outro mundo", se mostra muito relevante:

Deus aparentemente se deleita em usar árvores, flores, rios, automóveis, amigos, inimigos, os prédios das igrejas, ou quadros, a fim de anunciar sua presença ou realizar seus propósitos [...]. Há algo de grosseiro na descrição de Deus intervindo diretamente na situação, o desajeitado deus ex machina interrompendo as falas dos outros atores e perturbando o palco. Quão mais maravilhoso é o Deus que dá dicas e se esconde, persuadindo de maneira dissimulada através e em torno dos atores, ainda que sem o conhecimento destes. É o Deus humilde que escolhe agir assim. Robert Barron

"O mundo comum e natural contém o sobrenatual, o que é uma fase necessária, visto que não temos a capacidade para compreendermos Deus de forma direta. A melhor maneira de vermos Deus é semelhante a de vermos um eclipse solar: não olhando diretamente para o Sol, o que poderia causar cegueira, mas por intermédio de algo no qual o astro é projetado.

Todavia, a igreja, com demasiada freqüência, tem dado a impressão de se opor aos desejos naturais, julgando-os, em resumo, 'não espirituais'. Os místicos fugiram para desertos e cavernas, em uma jornada de autoprivação na busca do sobrenatural. Denominações inteiras têm se refugiado no legalismo, rotulando como pecaminosa qualquer expressão de desejo natural".

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